Por que ver Nada Ortodoxa (nova análise)

Fernando Santos

Serviço: Netflix, 2020, minissérie de drama cultural, 4 episódios de cerca de 50 minutos cada

A principal pergunta que fica ao final de “Nada Ortodoxa” é: isso tudo é verdade?

Ou então: será que as pessoas que estão do outro lado nos veem assim, como esquisitões?

Esta minissérie já faz sucesso há algum tempo na Netflix e, nesta segunda temporada de pandemia, vale a pena para quem ainda não conferiu e busca alternativas para fugir dos temas comuns que inundam o streaming, como as séries policiais.

A trama, baseada numa história real, acompanha uma mulher órfã que não aguenta mais viver com o marido dentro de uma comunidade judaica ultraortodoxa. Apesar do drama, muitas cenas levam à comédia, de tão absurdas que parecem.

Mas, então, será tudo verdade? Um amigo judeu, que por sinal é o responsável por este blog (leia mais aqui), garante que muita coisa é sim verdadeira nesta produção alemã (seguindo o prestígio germânico, em alta principalmente após o sucesso de Dark). Mas nem tudo é verdade. O que só serve para alimentar a curiosidade de quem vê esse tipo de extremismo cultural do lado de cá!

E se o tema não parece muito atrativo, vale ao menos seguir a atuação impecável da israelense Shira Haas no papel principal. Em especial no final do quarto episódio. Ela está indicada ao Globo de Ouro de 2021 como melhor atriz de minissérie.

Fernando Santos é jornalista e sugere ainda, para quem duvida de extremismos religiosos e culturais, uma visita ao salão que fica à esquerda do Muro das Lamentações, em Jerusalém. Mas só é permitida a entrada de homens.