Serviço: Netflix (documentário com cerca de 90 minutos)
Gosto de tênis. Bastante. E confesso que não sabia quase
nada sobre um dos primeiros grandes tenistas da América do Sul a brilhar no
circuito internacional.
Guillermo Vilas foi um fenômeno na segunda metade dos anos 70.
Chegou a ficar 50 partidas invicto, mas o curioso é que nunca conseguiu
alcançar o primeiro lugar do ranking da ATP, a associação dos tenistas
profissionais. E é justamente nessa “falha” que o documentário cresce.
Usei a palavra “curioso”, mas o correto seria desconfiança.
Por mais difícil que seja entender o funcionamento do ranking do tênis, não faz
sentido Vilas nunca ter chegado ao topo.
Mas ao ver que na época Jimmy Connors é quem ficou como
número 1, faz a gente pensar. O tenista americano, que curiosamente não dá
entrevista no documentário (não sabemos se porque não foi chamado ou não quis
falar), é quem rivalizou com o argentino. Desde a época do juvenil, quando perdeu
o Orange Bowl.
O documentário argentino mostra toda a ascensão de Vilas até
os dias atuais. Não diz que ele sofre de Alzheimer, mas dá a entender. Vale a
pena ver mesmo se não é fã de tênis, mas se for, é quase que obrigatório.
Por Dani Blaschkauer, tenista amador