Por que ver (e ouvir) Era Uma Vez no Oeste

por Fernando Santos

Serviço: Netflix, 1968, novidade no catálogo, faroeste espaguete, 2h50min

Triste coincidência no novo catálogo de clássicos da Netflix. Há poucos dias, entrou no streaming um dos mais famosos faroestes de todos os tempos, Era Uma Vez No Oeste. Entre seus maiores atributos está a trilha sonora de Ennio Morricone, que morreu nesta segunda-feira, 6 de julho, aos 91 anos.

O vingativo Charles Bronson toca sua gaita em momentos chaves do filme num dos inconfundíveis “riffs” que marcaram a carreira de Morricone. O faroeste espaguete não seria o mesmo sem este gênio da música.

“Era Uma vez” é um dos maiores exemplos de sucesso dos filmes de bang-bang dirigidos por outro ícone italiano, Sergio Leone, também responsável aqui pelo roteiro longo e algumas vezes confuso.

Mas para quem curte clássicos e faroestes, vale a pena mergulhar nas quase três horas de imagens marcantes e tomadas fechadas que certamente fizeram história e preencheram completamente as telas gigantes no estilo “cinemascope”. Imagine o efeito deste estilo além da TV, numa telona!

O filme traz ainda figurões como Henry Fonda e Claudia Cardinale. Mas o som da gaita de Charles Bronson, idealizado por Ennio Morricone, é sua marca registrada.

Fernando Santos é jornalista e agradece o bom gosto do Metallica pela introdução de seus shows ao som do clássico The Good, The Bad and The Ugly (na péssima tradução para Três Homens em Conflito), talvez o maior dos clássicos de Ennio Morricone.