por Fernando Santos
Serviço: Netflix, 2020, série policial, 8 capítulos de cerca
de 50 minutos cada um.
Muita gente deve achar que a Islândia é apenas uma ilha de
gelo ou um mundo de ficção criado por Julio Verne para fazer uma Viagem ao
Centro da Terra. Mas graças ao futebol (lembre da Eurocopa de 2016),
descobrimos que a Islândia existe de verdade.
E para comprovar sua existência, os islandeses (sim, há
habitantes na Ilha gelada) criaram um seriado para mostrar o país ao mundo. “O
Assassino de Valhalla” poderia ser mais um episódio do Globo Repórter
apresentado pela Glória Maria. O grande destaque desta produção local para a
Netflix são as exuberantes imagens de um país coberto de neve e cercado por
vulcões.
A trama policial certamente ajuda a manter o telespectador
preso aos oito capítulos da temporada. Mas não espere nada comparável com
produções americanas ou britânicas. Aqui, por exemplo, as armas dos policiais
são pequenas lanternas, acredite. Estão literalmente desarmados contra um
brutal assassino. Eles só podem recorrer a armamentos em situações extremas,
que não vou explicar aqui para evitar spoilers.
Em meio a nevascas, investigações e reviravoltas, “O
Assassino de Valhalla” é uma boa opção para revirar o catálogo de poucas
novidades da Netflix nesta segunda temporada da pandemia. Mas para os mais
acostumados ao termo Valhalla, como os fãs de “Vikings”, não espere por nenhum
paraíso além das belas paisagens.
Fernando Santos é
jornalista e acha o futebol islandês uma aberração!