por Fernando Santos
Serviço: Netflix, 2020, ação, violência, 1h51min
A forte campanha publicitária da Netflix chega até aos
“comerciais” da TV Globo para impulsionar essa produção que, mais uma vez,
mostra a falta de criatividade no cinema (ou, no novo normal, na telinha da sua
casa).
Power tem como grande atração o ator Jamie Foxx, mas um
roteiro marcado por chavões dos filmes de aventura e repleto de Crtl-C e Crtl-V
nas referências a super-heróis.
É uma mistura de Quarteto Fantástico com X-Men e até mesmo
com o mundo dos Pokemons. Tudo para justificar uma pílula milagrosa que
transforma as pessoas em super-heróis. Na maioria das vezes, do lado do mal.
Sim, os heróis aqui são os vilões da história. A pílula é
mais uma droga que pode até matar. É quando entra em cena Rodrigo Santoro em
mais um papel impecável no “lado negro da força” como um poderoso traficante.
Power não foge à regra da Netflix de reciclar boas ideais,
como é o caso de outro filme recente, The Old Guard, com os guerreiros imortais
do original Highlander.
A pandemia pegou em cheio o mundo do cinema e, pelo jeito, a
criatividade de roteiristas e diretores. Mas esse é o “novo normal”, pelo menos
na Netflix. É o que temos para hoje.
Fernando Santos é
jornalista e lamenta que o “comercial” da Globo não faça nenhuma referência à
participação de Rodrigo Santoro, um dos poucos destaques em Power.