Serviço: Netflix (2009, comédia, 1h40min)
O nome do filme em português é ruim. Compete com aquele de
1997 de Jim Carrey. Mas a semelhança acaba aí.
The invention of lying (a invenção da mentira, em livre
tradução) fala mais sobre a história. Imagine um mundo onde ninguém mente. Não
porque é pecado ou porque “é feio”. Simplesmente porque não existe essa
possibilidade. Claro que há um exagero, porque mais do que não mentir, as
pessoas cometem sincericídio. Elas falam o que vem na cabeça, não importa se o
outro perguntou ou não.
Se ninguém mente ou inventa, então imagina como são os
filmes. E é justamente em cima de um fracassado roteirista que o filme se desenrola.
O trailer da Netflix dá uma bela mostra de que tem crítica
às religiões. Mas também ao sistema financeiro, às propagandas (a Coca que o diga), ao mundo corporativo e aos
relacionamentos. A primeira metade é a melhor. Perde um pouco de força depois,
mas o final é bonitinho. E ainda tem pequenas participações de Tina Fey e
Philip Seymour Hoffman.
por Dani Blaschkauer, que encontrou o filme sem querer na Netflix