Serviço: HBO (6 episódios com cerca de 1 hora cada um)
Tem tanto assunto aqui nessa série que fica difícil escrever
tudo em 1 minuto. Mas é dever do blog que leva esse nome. Então, vamos lá: tem polarização
política, xenofobia, preconceito, assassinato, pandemia, isolamento vertical,
amor...
Tem diálogos que nos obriga a rever e reler porque são inacreditáveis.
São tapas na cara. “Germes não existem” “acho terraplanistas fascinantes”, “a
culpa é nossa”.
Tem uma política xenófoba (Emma Thompson é foda!) e incompetente que cresce graças
ao poder da mídia, que dá voz e atenção porque, claro, dá audiência. Tem ela criando um partido próprio e
fugindo de debates eleitorais depois de ser aniquilada no passado. Tem ela se
mostrando refém de todo um sistema...
Tem um sistema que se mostra falido, que provoca um caos no
planeta. Planeta, aliás, que viu suas camadas de gelo virarem água.
Mas se acha que a série só tem desgraças, a série tem
compaixão, tem amor. A trilha sonora faz a gente sentir os anos passarem rapidamente. A série não tem um protagonista. Todos os personagens da família conseguem nos dar reações que vão do amor à
raiva, da empatia à dor. Um deles, porém, não tem como não sentir
amor. Não, não tem spoiler aqui. Ele é o que se mostra mais sensato da família,
que enxerga como as coisas estão indo mal, mas que ele tenta melhorar o mundo
ao seu redor. Em tempo, ele não é santo. Mas Daniel é o que mostra que a série
tem amor. Emma Thompson, não!
por Dani Blaschkauer