Serviço: Netflix (documentário com 1 hora e 25 minutos de duração)
Seria uma apologia às drogas? Ao LSD principalmente? A
impressão é que a Netflix trata o assunto como um episódio do incrível mundo de
Beakman (volte aos anos 90, por favor!)
Com depoimentos de artistas consagrados e produzido por um deles
(Ben Stiller), chega a ser divertido. As histórias contadas são desenhadas (literalmente)
ou contracenadas (propositalmente com interpretações toscas). Uma delas,
inclusive, pelo ator de “I see dead people” (Haley Joel Osment, que vamos
lembrar, enfrentou problemas com o vício).
Sarah Fisher dá seu depoimento. Ri da própria experiência, conta
um episódio com japoneses da época em que era a Princesa Léia, mas ressalta que
não vale a pena. Sting não é tão enfático nesse sentido, mas o documentário não faz acreditar
que usar drogas seja bom. Aliás, a melhor parte é saber que esses artistas falaram abertamente sobre o tema. Deram a cara a tapa, mas isso fará uma pessoa a ser convencida ao uso?
As artes setentistas e as caricaturas dos entrevistados podem
dar a impressão que usar drogas tem o seu lado divertido. Mas isso é porque a
Netflix não quis aprofundar o tema, parecido com boa
parte da cinebiografia de Ben Stiller.
Mas se terminar de assistir e ficar com dúvidas ou
curiosidades se deve ou não usar drogas, lembre-se. No mundo de Beakman existia
um rato gigante no laboratório e já sabemos que ter um rato gigante (ou mesmo
pequeno) em casa nunca foi uma boa ideia. Desde a Idade Média. Não seja um
negacionista, por favor. (veja o trailer aqui)
por Dani Blaschkauer